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A História e os Fundamentos da Arteterapia

  • Foto do escritor: NAPE - Núcleo de Arte e Educação
    NAPE - Núcleo de Arte e Educação
  • 30 de out.
  • 2 min de leitura

O uso da arte acompanha a humanidade desde as pinturas rupestres. Mas foi a partir do século XIX que ela começou a ser estudada como recurso terapêutico. Em 1876, o psiquiatra Max Simon analisou pinturas de pacientes e abriu caminho para outros médicos europeus interessados nas expressões artísticas ligadas à saúde mental.


No início do século XX, dois grandes nomes da psicologia se destacaram nesse percurso: Freud e Jung


  • Freud percebeu a arte como uma forma de catarse, uma via simbólica de expressão do inconsciente e de sublimação de desejos reprimidos.

  • Jung foi pioneiro ao utilizar a produção artística em consultório, valorizando a criatividade como função psíquica natural e estruturante, capaz de revelar arquétipos e favorecer a evolução da personalidade.


No Brasil, Osório César (1923) e Nise da Silveira (1946) foram fundamentais para consolidar a Arteterapia. Nise, em especial, revolucionou o modo de compreender a produção artística de pacientes psiquiátricos, fundando o Museu de Imagens do Inconsciente e deixando um legado que ecoa até hoje.

A partir da segunda metade do século XX, a Arteterapia ganhou novas abordagens em diferentes países. Autores como Margaret Naumburg, Edith Kramer, Françoise Douto, Janie Rhyne e Natalie Rogers ampliaram sua prática, integrando influências da psicanálise, gestalt, psicodrama e abordagem centrada na pessoa.


O que é a Arteterapia?


A Arteterapia utiliza linguagens expressivas — pintura, desenho, modelagem, colagem, música, teatro, expressão corporal, entre outras — como forma de estimular o autoconhecimento, reconciliar conflitos emocionais e ampliar a consciência. Diferente da Arte-Educação, seu objetivo não é ensinar arte, mas promover mudanças psíquicas e favorecer o desenvolvimento pessoal.

Pode ser aplicada a crianças, jovens, adultos e idosos, em atendimentos individuais ou em grupo, em espaços clínicos, comunitários, educacionais e institucionais.


Formação e reconhecimento


Para atuar como arteterapeuta é necessário formação específica, com base nos critérios da União Brasileira de Associações de Arteterapia (UBAAT). Hoje, há diversas associações regionais no Brasil e um crescente reconhecimento da área também em âmbito internacional.


Um recurso transformador


A Arteterapia tem se consolidado como uma prática potente, que alia criatividade e cuidado com a saúde emocional. Ao favorecer a expressão simbólica e espontânea, ela abre caminhos para a cura, o autoconhecimento e a melhoria da qualidade de vida no século XXI.



CHIESA, Fiorezzi Regina. Diálogo com o barro: encontro com o criativo. Casa do Psicólogo, 2004.

PHILIPPINI, Ângela. Para entender Arteterapia: Cartografias da coragem. Wak Editora, 2004.

_______________, Linguagens e Materiais e expressivos em Arteterapia. Wak Editora, 2008.

SILVEIRA, Nise. O mundo das imagens. Ática Editora,1992.

URRUTIGARAY, Maria Cristina. Arteterapia: a transformação pessoal pelas imagens. Wak Editora, 2011


 
 
 

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