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Cursos EAD

Mitologia aplicada à prática terapêutica

datas dos encontros:

CARGA HORÁRIA:

De abril a novembro de 2025.

Carga horária total: 90 horas.

EMENTA

CERTIFICAÇÃO:

Certificado digital NAPE

Contos e Mitos nas diferentes culturas universais sob a ótica da Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung. Origens de cada tradição e como elas se perpetuaram na história da Humanidade, construindo um valioso arcabouço de arquétipos que influenciam diretamente o inconsciente individual. Como identificar a influência dos mitos por meio da Arteterapia.

OBJETIVO

Fornecer a psicólogos, psicanalistas, arteterapeutas, professores de História e de Artes, além de profissionais graduados em diferentes áreas com interesse na História da Humanidade, um profundo arcabouço teórico-prático sobre mitologia e sua aplicação na Arteterapia.

metodologia

Aulas teórico-vivenciais sincrônicas, com a presença do professor, um sábado por mês, das 8h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h30. Carga horária total: 90 horas.

Coordenação

Prof. Dr. Celso falaschi

Arteterapeuta AATESP 248/1012, 1° Vice-presidente da UBAAT – União Brasileira das Associações de Arteterapia, especialização em Arteterapia pela Faculdade Vicentina em parceria com o NAPE – Núcleo de Arte e Educação; Doutor em Psicologia – Ciência e Profissões (Criatividade), pela Faculdade de Psicologia da Puc-Campinas (2005); Mestre em Educação (Ensino Superior), pela Faculdade de Educação da PUC-Campinas (1996); graduado em Jornalismo, também pela PUC -Campinas (1982; Fundador e presidente da ABJL – Academia Brasileira de Educação e Jornalismo Literário; co-fundador e conselheiro da CRIABRASILIS – Associação Brasileira de Criatividade e Inovação. Organizador dos livros: “ Raízes da Alma – A simbologia da árvore em Arteterapia. (Evidência – 2022).” "Arteterapia: Formar para Transformar" (Evidência – 2020), “Criatividade e Envelhecimento – Ressignificação da Vida” (Labour Editora - 2017); “Solaris – Indaiatuba: Histórias e Personagens da Terra do Sol” (MHK Editora – 2013; e “Cultura e Sujeitos na Educação de Jovens e Adultos” (Secretaria de Educação da Prefeitura Municipal de Campinas – 2008). Produtor cultural, atuou como curador nos eventos “Outubro Literário” (2015, 2016 e 2018), “Agosto das Artes (2015-2016) e “Festival das Tradições e Cultura Popular” (2016), tendo sido criador e curador do Salão de Artes Visuais de Indaiatuba-SP.

CONTEÚDO

PARTE 1

Mitologias Hindu

Joachin Andrada

O Hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo. Essa tradição religiosa teve início com a antiga cultura védica, por volta de 3.000 a.C. Atualmente a religião é a terceira maior do mundo, ficando atrás apenas do Cristianismo e do Islamismo. Chamada pelos adeptos de Sanatana de Dharma, que significa Eterna Lei, em sânscrito, o Hinduísmo agrupa crenças, filosofias de vida, tradições culturais e valores. Na Índia, o Hinduísmo é a principal religião, chegando a 80% da população. A crença hindu abrange todo o universo indiano, interferindo em sua forma de organização social e política. Seguindo os preceitos da religião, a estratificação social da Índia está dividia em castas composta por: Brâmanes – sacerdotes e letrados que nasceram da cabeça de Brahma; Xátrias – guerreiros que nasceram dos braços de Brahma; Vaixás – comerciantes que nasceram das pernas de Brahma; Sudras – servos, camponeses, artesãos e operários que nasceram dos pés de Brahma.

PARTE 2

Mitologia Egípcia

Profa. Dra. Ester Sartori

A Mitologia egípcia é a coleção dos mitos do antigo Egito, que descreve as ações e relações dos deuses dessa civilização, como uma forma de compreender o cosmos. Isso inclui o estudo dos templos, pirâmides, estátuas, túmulos e até textos. Em relação às fontes escritas, os egípcios não deixaram obras que sistematizassem de forma clara e organizada as suas crenças. Em geral, os investigadores modernos centram-se no seu estudo em três obras principais, o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos, este último bastante conhecido no Brasil.

Os Textos das Pirâmides é uma compilação de 1185 feitiços, encantamentos e textos de cariz religioso cujo objetivo é proteger o faraó e garantir a sua sobrevivência no mundo dos mortos. Os textos encontram-se escritos sobre os muros dos corredores das câmaras funerárias das pirâmides de Sacará. Do ponto de vista cronológico, situam-se na época da V e VI dinastias;
Os Textos dos Sarcófagos constituem uma recolha de textos escritos em caracteres hieroglíficos cursivos no interior de sarcófagos de madeira da época do Império Médio; tinham também como função ajudar os mortos no outro mundo;
Por último, o Livro dos Mortos, que inclui os textos das obras anteriores, para além de textos originais, data do Império Novo. Esta obra foi escrita em rolos de papiro pelos escribas e vendida às pessoas para ser colocada nos túmulos.

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PARTE 3

Mitologia Greco-romana

Profa. Karina – Puc-SP

A mitologia greco-romana se originou da junção das religiões grega e romana. As duas se fundiram por apresentarem aspectos semelhantes; as suas tradições, por exemplo. Com isso, deu origem a uma vasta série de entidades lendárias e mitológicas, nas quais se encontram os deuses. Poetas como Homero narravam as histórias dos deuses e os apresentavam como pessoas humanas, mas que continham poderes além dos seres humanos, interligados à natureza. Por isso o poder em mover mares, enviar raios, tempestades, entre outros. Os deuses dessas duas culturas estão impregnados no mundo ocidental não só pela tradição oral, mas também por seu uso na literatura e no cinema, de forma que acabam se impregnando em diferentes culturas, tanto na forma literal como na sobreposição de saberes e crenças, de onde acabam influenciando o inconsciente individual e coletivo.

PARTE 4

Mitologias Celta e Nórdica

Prof. Mestrando. Marcos Reis

Mitologia celta era o conjunto de mitos da religião politeísta praticada pelos celtas na Idade do Ferro (1 200 a.C. - 1 000 d.C.), período em que ocorreu a metalurgia do ferro (metal superior ao bronze em relação à dureza e abundância de jazidas). Essa utilização foi importada do Oriente através da emigração de tribos indo-europeias (celtas), que a partir de 1 200 a.C. começaram a chegar a Europa Ocidental. Mitologia nórdica, também chamada de mitologia germânica, mitologia viquingue ou mitologia escandinava, é o conjunto de lendas dos povos escandinavos, especialmente durante a Era Viking, cujo conhecimento chegou aos nossos dias principalmente através das Edas islandesas do século XIII. Embora referentes aos mundos anglicanos e germânicos, essas mitologias têm impacto na sociedade brasileira, principalmente pelos movimentos migratórios a partir do séc. XIX e, durantes os séculos XX e XXI pelo intercâmbio mais frequente dos movimentos artísticos e educacionais.

PARTE 5

Mitologia Afro-Brasileira

Prof. Dr. José Jorge de Morais Zacharias

O processo de formação do povo brasileiro, altamente conflitivo, se fez pelo entrechoque de contingentes índios, brancos e negros, sendo a escravidão sua marca mais significativa. Desse cruzamento surgem diferentes manifestações desses contingentes, dos quais os mitos católicos e aqueles provenientes das religiões de matrizes africanas e indígenas, seus deuses e seus heróis, constituíram o modelo exemplar dos comportamentos humanos, no âmbito da cultura brasileira. Os orixás da cultura negra, bem como os santos da Igreja Católica, são os heróis mitificados ao sabor popular. Exerceram importantes funções educativas, socializadoras e motivacionais. Mais recentemente a sociedade brasileira tem voltado seu olhar para as tradições dos povos originários, alguns dos quais já estão incorporados em um mitologema brasileiro, surgidos dos sincretismos entre o catolicismo, o candomblé e as divindades indígenas, muitos dos quais habitam o imaginário popular brasileiro e, de certa forma, um inconsciente coletivo rico em manifestações mitológicas.

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PARTE 6

Mitologia americana e a tradição do Xamanismo

Profa. Esp. Marlene Martins

O xamanismo está presente na cultura brasileira de forma mais comum do que se pensa, pois se manifesta em diferentes crenças e religiões. O temo xamanismo é genericamente usado em referência práticas etnomédicas, mágicas, religiosas (animista, primal) e filosóficas (metafísica), envolvendo cura, transe, transmutação e contato entre corpos e espíritos de outros xamãs, de seres míticos, de animais e também dos mortos.

PARTE 7

Mitologia e contemporaneidade: O papel de Joseph Campbell e da Psicologia Arquetípica

Prof. Ms. Camilo Gorayeb

Joseph John Campbell foi um mitólogo, escritor, conferencista e professor universitário norte-americano, famoso por seus estudos de mitologia e religião comparada. É considerado o responsável pelo resgate dos mitos de diferentes culturas para o mundo ocidental, tendo uma vasta bibliografia sobre o tema. O pós-junguiano James Hillman, também estudioso da mitologia, aproximou o norteamericano do suíço Carl Gustav Jung, que incorporou muitos dos conceitos mitológicos na estruturação da Psicologia Analítica. Ao longo de sua carreira, Hillman trouxe à cena a Psicologia Arquetípica, que trabalha mais profundamente os conceitos de mito.

PARTE 8

Mitos e Arteterapia

Equipe NAPE: Prof. Dr. Celso Falaschi / Marlene Martins/ Mariana Falaschi

Módulo teórico-prático, tratando da influência de todos esses mitos na estrutura da Psicologia Analítica e da Arteterapia, por meio dos arquétipos e símbolos neles identificáveis. Atividades práticas de Arteterapia com cada uma dessas tradições, oferecendo um consistente material no processo de individuação dos participantes.

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