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Desenho na Arteterapia: a linguagem da forma e da precisão

  • Foto do escritor: NAPE - Núcleo de Arte e Educação
    NAPE - Núcleo de Arte e Educação
  • 1 de out.
  • 2 min de leitura

A importância dos recursos materiais e linguagens expressivas


Na Arteterapia, os recursos materiais e as diversas linguagens expressivas desempenham papel essencial no processo terapêutico. Cada técnica — seja desenho, pintura, modelagem, colagem ou qualquer outra forma de expressão — oferece caminhos únicos para acessar conteúdos internos, organizar pensamentos, elaborar emoções e ampliar a consciência de si mesmo.

O material escolhido pelo cliente e a linguagem utilizada não são apenas suportes criativos: eles se tornam instrumentos de mediação entre o mundo interno e o externo. Assim, cada recurso possibilita vivências específicas, favorecendo diferentes aspectos do desenvolvimento humano e emocional.

Entre as linguagens expressivas mais utilizadas na Arteterapia, destaca-se o desenho, por sua acessibilidade, espontaneidade e potência simbólica.


Desenho: a linguagem da forma e da precisão


O desenho é uma das formas mais naturais de expressão e comunicação, acessível a todas as idades. Ao desenhar, a pessoa mobiliza corpo, mente e emoções em um processo que favorece tanto a organização interna quanto a externalização de conteúdos simbólicos.


Benefícios do desenho na Arteterapia


  • Estimula a expressão de ideias, ideais e sentimentos;

  • Desenvolve o raciocínio lógico e criativo;

  • Favorece o senso de organização interna e externa;

  • Apoia a síntese e a objetividade;

  • Estimula a psicomotricidade;

  • Desenvolve a coordenação viso-motora e espacial;

  • Exercita a memória;

  • Favorece a descarga de tensão e agressividade com técnicas específicas;

  • Apoia quem tem dificuldade de comunicação, ajudando na expressão e no posicionamento.

De acordo com Valladares (2000/2001; 2001; 2003; 2004a e b; 2005), o desenho objetiva a forma, a precisão e contribui para o desenvolvimento da atenção, da concentração, da coordenação e da organização interna. Além disso, concretiza pensamentos, exercita a memória e está diretamente relacionado ao movimento e ao reconhecimento do objeto, cumprindo também uma função ordenadora.


O desenho como mediador terapêutico


No contexto terapêutico, o desenho vai além da simples reprodução de formas. Ele se torna um canal de comunicação simbólica e emocional, permitindo ao indivíduo elaborar vivências, expressar conteúdos inconscientes e reorganizar sua experiência interna.

Assim, o desenho é mais que uma atividade criativa: é uma ferramenta poderosa na Arteterapia, favorecendo tanto o autoconhecimento quanto processos de cura e transformação.




CHIESA, Fiorezzi Regina. Diálogo com o barro: encontro com o criativo. Casa do Psicólogo, 2004.

PHILIPPINI, Ângela. Para entender Arteterapia: Cartografias da coragem. Wak Editora, 2004.

_______________, Linguagens e Materiais e expressivos em Arteterapia. Wak Editora, 2008.

SILVEIRA, Nise. O mundo das imagens. Ática Editora,1992.

URRUTIGARAY, Maria Cristina. Arteterapia: a transformação pessoal pelas imagens. Wak Editora, 2011


 
 
 

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